Quem visita o sertão fica sabendo
O que a seca provoca no sertão.
Zenilde Batista diz:
Sertanejo na seca se aperreia
Sobra gado com fome e falta pasto
Apesar do esforço e muito gasto
Ver-se vaca tão magra que bambeia
A mulher com uma lata d'água cheia
O marido com duas num galão
Se ver dois carretéis num cacimbão
Uma lata subindo outra descendo
Quem visita o sertão fica sabendo
O que a seca provoca no sertão.
Com Chico de Assis em Pedra de Buíque PE
O mote sobre escravidão:Obrigado Izabel pelo que fez / Em defesa do preto escravisado
Zenilde Batista diz:
Izabel que já tinha informação
Que o escravo na feira era vendido
E depois pra fazenda conduzido
Se juntava aos outros no galpão
A comida era caldo de feijão
Com farinha ou cuz-cuz mau cozinhado
A dormida no frio desenrolado
No chão limpo ou no couro de uma rez
Obrigado Izabel pelo que fez
Em defesa do preto escravisado.
Com Chico De Assis em Angelim PE o mote:
No avanço da da tecnologia
Vai o povo morrendo sem saber
Zenilde Batista diz:
Cada carro que vira se esfarela
Causa danos faz medo mata gente
Com os trens quando há um acidente
Não se pode pular pelo janela
Quando um avião se desmantela
Não se pode empatar dele descer
O piloto não tem o que fazer
Porque morre também naquele dia
No avanço da tecnologia
Vai o povo morrendo sem saber.